Os influenciadores digitais são pessoas que surgiram por conta da popularização das redes sociais, que por sua vez também mudaram a maneira como as pessoas consomem produtos e serviços e se relacionam com as empresas.
Todas essas transformações colocaram os influenciadores digitais como pessoas com um papel fundamental na jornada de compra do consumidor moderno. Eles nada mais são do que usuários que conquistaram muitos seguidores.
Existem aqueles com milhares de seguidores em seus perfis, mas também existem os mega influenciadores que possuem milhões de pessoas que seguem suas contas nas redes sociais.
Eles estão muito próximos da realidade dos indivíduos, mesmo tendo uma conta de destaque nas redes sociais, por essa razão, conseguem influenciar a decisão de compra das pessoas.
As marcas logo perceberam isso e começaram a fazer parcerias com esses usuários para divulgar produtos e serviços, conquistar mais clientes e aumentar as vendas.
Essa estratégia se transformou no que hoje é conhecido como marketing de influência, uma das principais ações no planejamento de marketing digital.
Para criar uma boa campanha, este artigo vai explicar os impactos dos influenciadores na publicidade, quais são os critérios para selecionar essas parcerias e quais são os desafios e preocupações éticas relacionados à ação.
Impacto dos influenciadores digitais
As pessoas estão cada dia mais conectadas, e isso faz com que os influenciadores digitais tenham um enorme impacto no mercado.
Para se ter uma ideia, de acordo com um estudo realizado pela Qualibest, os influenciadores já são a segunda maior fonte de informações e são usados pelos consumidores para tomar uma decisão.
Quase metade dos entrevistados afirmaram que já compraram um produto ou serviço porque determinado influencer mostrou em seu canal.
Se alguém quiser comprar, por exemplo, uma camiseta branca promocional, e tiver algum influenciador falando bem sobre determinada confecção, é muito provável que ela seja escolhida pelo cliente.
A influência desses usuários só perde para as indicações feitas por parentes e amigos e esse poder vai além. Outra pesquisa realizada pela YouPix mostrou que 10% do público entre 18 e 34 anos afirma que nunca foram influenciadores na internet.
O levantamento também mostrou que 64% dos jovens já pesquisaram marcas ou produtos por meio dos influenciadores. Tudo isso mostra as mudanças que estão acontecendo no mercado e nos padrões de consumo.
Além disso, prova que existe uma relação de confiança entre os influencers e seus seguidores, comprovando que o marketing de influência é uma excelente estratégia para as organizações que querem crescer.
Outro levantamento feito pelo Google mostrou que 70% dos adolescentes inscritos no YouTube se identificam muito mais com os influencers do que com as celebridades tradicionais.
Além disso, 40% das pessoas que nasceram no início dos anos 1980 e meados de 1990 afirmam que os influenciadores que acompanham conseguem compreendê-los melhor do que os próprios amigos.
Isso fez com que muitas organizações, como no caso de uma escola particular para criança, começassem a investir em marketing de influência.
Essa abordagem ajuda a desenvolver ações de vendas e divulgação com os influenciadores digitais, sendo uma maneira inteligente de estabelecer uma relação de confiança e aproveitar o poder de influência dessas pessoas.
Trata-se de uma ação com alto poder de engajamento e que amplifica o alcance da mensagem. Isso acontece porque os influencers são pessoas comuns e que compartilham da mesma opinião e pensamento que seus seguidores.
Como escolher os influenciadores?
As marcas precisam selecionar influenciadores autênticos e alinhados aos seus valores, e para isso, precisam se basear em alguns critérios importantes. São eles:
- Taxa de engajamento;
- Nicho;
- Qualidade do conteúdo;
- Dados da audiência;
- Número de seguidores.
Um dos critérios mais cruciais é a taxa de engajamento porque ela reflete as ações de interação do público com os conteúdos gerados pelo influencer. São reações como curtidas, comentários e compartilhamentos que geram impactos nessa taxa.
Uma marca de moda executiva feminina precisa valorizar esse critério porque ele mostra o amadurecimento do mercado que deixou de olhar apenas para métricas de vaidade e começou a se orientar por informações que realmente importam.
Se o influenciador possui constância na taxa de engajamento, consegue transmitir mais segurança para as empresas e começa a confiar nas entregas dos criadores de conteúdo.
Para que uma campanha realmente tenha sucesso, a parceria deve ser feita com alguém que lide com o público pertencente ao mesmo nicho.
Por exemplo, um influenciador digital que fala sobre games não vai trazer bons resultados se eu tiver que apresentar cosméticos em seu canal. Assim sendo, escolher um usuário compatível com o nicho do negócio é primordial.
Em seguida, é primordial analisar a qualidade dos materiais criados por essa pessoa, e isso se dá por diferentes fatores, como planejamento, aprovação da marca e qualidade audiovisual.
Antes de fazer a parceria, uma loja de aliança de casamento moderna precisa analisar com muito critério o conteúdo produzido para identificar a qualidade, o tom de voz e os formatos.
Os dados da audiência devem ser levados em conta para que a parceria envolva um público qualificado para receber informações sobre os produtos e serviços.
São informações simples que costumam ser disponibilizadas pela própria rede social, no painel analytics, como gênero do público, localização e faixa etária.
Por fim, a organização vai considerar o número de seguidores porque isso pode transmitir credibilidade e demonstrar valor. Mas é um erro pensar que apenas os influenciadores com uma grande quantidade de seguidores trazem bons resultados.
O marketing de influência é uma estratégia que evoluiu muito nos últimos anos e mostrou que as parcerias com nano e micro influenciadores são ótimas opções porque essas pessoas possuem mais conexão e poder de persuasão.
Desafios e preocupações éticas
Até mesmo um buffet para coquetel empresarial pode obter excelentes resultados com o marketing de influência, mas precisa estar atento aos desafios e preocupações éticas relacionadas aos influenciadores digitais.
A partir do momento em que existe uma parceria entre o influencer e uma marca, é necessário que todo o trabalho realizado se baseie na ética profissional, ou seja, normas e condutas que regem a atividade profissional.
Elas norteiam o modo como cada pessoa, em suas atividades profissionais, deve agir no cotidiano. Cada profissão possui seu próprio código de ética, descrevendo os comportamentos adequados e ações condenáveis na atuação.
Na área de comunicação as profissões também apresentam suas normas e procedimentos éticos que regem a atividade, como no caso da ética publicitária. Uma vez que ela existe na publicidade, existe em todas as suas estratégias.
Não existe uma graduação específica para se tornar influenciador digital, no entanto, essa profissão é cada vez mais reconhecida e regularizada. Eles são vistos como novos comunicadores e podem fazer parcerias com uma academia estética.
Por essa razão, não podem deixar de exercer o trabalho com ética, então é necessário estabelecê-la para que exista uma regra de conduta na influência digital, tendo como pilar principal a responsabilidade social.
Em outras palavras, os influenciadores digitais não podem falar qualquer coisa que vem à mente, ou então basear suas falas em achismos, sem ponderar as consequências de expor tais pensamentos publicamente.
Para uma marca seria terrível se, após encerrar sua campanha com um influencer, este liberasse uma fala na internet praticamente apoiando o nazismo.
Mesmo que a empresa não compactue com esse pensamento, sua imagem será gravemente afetada pela fala do influenciador com quem fez uma parceria anteriormente.
Mesmo que a parceria seja apenas para fazer uma ação promocional em eventos, é indispensável que o influenciador fale com consciência social. Suas falas precisam ser baseadas em estudos, veracidade e responsabilidade.
Como mencionado anteriormente, são pessoas que se destacam na internet por seu papel e pelos conteúdos que criam, por isso tudo o que fazem gera impactos em outros usuários, e estes são influenciados por muitas ações.
Existem muitos casos de influenciadores que estiveram em situações complicadas por conta de coisas que disseram ou fizeram, e se as empresas não se atentarem a isso, podem colocar a própria imagem em jogo.
Quando se trata de negócios, tudo precisa ser muito bem pensado, desde uma cenografia para lojas até as estratégias que acontecem dentro da internet.
Os influenciadores são ótimas opções de marketing, mas precisam ser trabalhados com cautela e inteligência para que a organização gere apenas impactos positivos.
Considerações finais
Como visto, o marketing de influência é uma estratégia cada vez mais empregada por negócios dos mais variados portes e segmentos, uma vez que se trata de uma maneira de se comunicar com as pessoas com mais proximidade.
Essa aproximação com o público permite divulgar melhor os produtos e serviços, além de melhorar consideravelmente os resultados. Entretanto, a parceria precisa ser baseada em ética e responsabilidade para evitar transtornos para ambas as partes.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.